A desdobrabilidade de um cego obsceno

Autores

  • Marcelo Diniz Autor

Palavras-chave:

poesia; Glauco Mattoso; contracultura.

Resumo

O texto aborda a desdobrabilidade na poesia de Glauco Mattoso, nome literário de Pedro José Ferreira da Silva, destacando o poema "Desdobrabilidade" como um reflexo da complexidade do autor. O termo refere-se à capacidade de questionar autoridade, propriedade e tradição literária. O autor explora a pseudonímia, paródias e a contestação da autoria, especialmente em seu Jornal Dobrabil, marcado por elementos pornográficos e humor gay. A análise contextualiza o movimento contracultural da geração de Glauco nos anos de 1970, destacando a influência do tropicalismo e a emergência da discussão sobre sexualidade e minorias. A poesia de Glauco é considerada uma resposta à tradição, destacando-se por sua teatralidade e pela criação de uma persona tragicômica. A discussão encerra sugerindo que a obra de Glauco não segue a esperança revolucionária modernista, mas inscreve-se como uma escrita de guerrilha, mantendo-se na distopia e na intransigência marginal.

Biografia do Autor

  • Marcelo Diniz

    Marcelo Diniz é Nascido em 1967. Primeiro livro de poemas, Trecho (Aeroplano e Biblioteca Nacional) é de 2002. O segundo, Cosmologia (7Letras) é de 2004, O terceiro livro de poemas, +1, um livro de sonetos e poemas visuais (Texto/Território) de 2019. Ainda no ano de 2019, lançou uma pequena coletânea de título Rimas, na coleção Megamini da Editora 7 Letras. Suas traduções de poesia é de repertório francês: Clement Marot, Joachim du Bellay, Pierre Ronsard, Théophile Viau, Vincent Voiture, Jules Laforgue, Raymond Queneau, publicadas em revistas acadêmicas O mais são canções, estas em parceria com Fred Martins.

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Publicado

2024-02-08