‘Você pode achar que o que conto é uma confissão’: uma análise sobre memória em Compaixão de Toni Morrison
Resumo
O presente artigo retrata a condição da memória em personagens vinculados à narrativa Compaixão (2009), da escritora afro-americana Toni Morrison, vencedora do Nobel de Literatura (1993). O livro retrata uma narrativa ambientada no século XVI, ao retratar os primórdios do sistema escravocrata e sua relação em uma pequena comunidade: a fazenda Jublio, pós morte de Jacob Vaark – dono da fazenda. O tom memorialístico e passível de análise discorre sobre as personagens subalternas Florens e Sorrow, escravas; Lina que é remanescente indígena; Rebekka esposa do dono da fazenda Jublio; e Jacob, dono da fazenda. Assim sendo, a narrativa apresenta o uso constate da memória para narrar as personagens que evocam suas memórias individuais e remetam a uma memória coletiva para o leitor e um grupo social. O uso de memórias involuntárias e ícones que trazem à consciência memórias passadas contribuem para a formação dessas personagens.