A representação de imigrante e de sua representação de educação linguística na imprensa catarinense: um estudo historiográfico
Palavras-chave:
Representação de Educação, Representação de Imigrante, Política LinguísticaResumo
O presente artigo teve como objetivo explicar a representação de educação linguística de imigrantes no Brasil. A base teórica do estudo é a Historiografia Linguística (HL), cujas pesquisas visam à reconstrução do conhecimento sobre as línguas e linguagem humana em diferentes recortes temporais. Do tipo documental, o estudo tem como corpus as narrativas jornalísticas veiculadas durante o período de 1900 a 2015 na imprensa catarinense. Os jornais escolhidos como fontes para a obtenção dos dados foram: O Estado e Diário Catarinense. Adotou-se, para o tratamento dos dados, a técnica de análise de conteúdo. Os resultados foram analisados em três seções distintas. A primeira seção referiu-se ao período da Primeira Campanha de Nacionalização, na qual discutiu-se a representação do imigrante, como trabalhador útil e como elemento indesejável, e a representação de educação linguística: escolas nacionalizadoras para assimilação do imigrante. A segunda seção referiu-se ao período da Segunda Campanha de Nacionalização, as categorias discutidas são a da representação de imigrante: o elemento indesejável e a representação de educação linguística: as práticas monoculturais e monolíngues nas escolas nacionalizadoras. A terceiraseção referiu-se ao período posterior a duas grandes guerras e intitulou-se como da ditadura à redemocratização. As categorias discutidas são a de representação de imigrante: como trabalhador útil e imigrante de países pobres, e, ainda, a representação de educação linguística: bilinguismo na escola e bilinguismo fora da escola. Os resultados indicam a superação de um passado em que se silenciava, por meio de medidas coercitivas, para dar lugar a um contexto em que se presenciava certa tolerância e proteção da diversidade linguístico cultural existente no país.