Entrecruzamento de escritas de bastidores
Palavras-chave:
escritas de si, Diários, Infraturas, Arte/vida, Pensamento risoResumo
Este artigo pretende levantar questões e apontar convergências entre alguns textos escritos em situação limite. Por que escrever em situações limite? Para quem se escreve? O que se escreve? Qual é a distância vital para que essa escrita se torne potência? Adotando uma perspectiva que remete à nossa experiência com teatro, procuramos observar que tipo de pensamento surge dos textos escolhidos, a princípio escritos para não serem lidos. Além de trazer para essa conversa Lygia Clark, Helio Oiticica, Waly Salomão, Torquato Neto e Paulo Leminski, utilizaremos trechos de arquivos pessoais e diários de processo onde a questão vida/arte nos parecem imbricadas. Em alguns momentos aparecerá o personagem uma atriz/outra atriz no intuito de desdobrar o discurso. Serão misturados textos diferentes que se ligam de maneira associativa. Um certo pensamento-riso, seguindo as formulações de Deleuze em Lógica do sentido é privilegiado aqui levando em conta sua potência para sair de impasses de forma inventiva.