Metáforas primárias: interpretação por crianças com Transtorno do Espectro Autista

Autores

Palavras-chave:

Metáforas primárias, Interpretação de metáforas, Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), Autismo, Protocolo verbal

Resumo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta a interação social e a linguagem em diferentes níveis. Ainda que haja expressivo avanço dos estudos voltados ao TEA, pesquisas linguísticas ainda são menos evidentes, daí a relevância do presente artigo. Desde o início dos estudos sobre o TEA, algumas pesquisas indicam que a linguagem desses sujeitos tende a ser literal, dificultando a interpretação de metáforas. Considerando-se, contudo, os avanços nos estudos sobre metáforas, bem como os diferentes tipos de metáforas, e partindo da experiência pessoal dos autores com sujeitos com TEA que interpretam metáforas em algum nível, surgiu a demanda da pesquisa que resulta neste artigo. Assim, objetiva-se investigar se sujeitos com TEA apresentam comprometimento da interpretação de metáforas primárias, associadas a experiências sensoriais humanas e consideradas anteriores à linguagem, segundo Grady (1997). Propõe-se um experimento com sujeitos com TEA e sujeitos neurotípicos, com base em apontamento de figuras e protocolo verbal. Numa primeira aplicação do experimento, os dados não apontaram diferenças entre os dois grupos de sujeitos investigados.

Biografia do Autor

  • Mikaela Roberto, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

    Mikaela Roberto é professora associada de Língua Portuguesa dos cursos de Letras da UFRRJ e professora permanente no Mestrado Profissional em Letras (Profletras), onde ministra a disciplina de Fonologia, Variação e Ensino. Com Pós-Doutorado (2020) e Doutorado (2008) em Psicolinguística pela UFSC, com estágio sanduíche na Université Libre de Bruxelles (ULB, 2006), tem Mestrado (2002) em Línguística Aplicada (Linguística de Corpus) pela mesma instituição e Licenciatura em Letras (Português/Inglês) pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI, 1998). Foi professora visitante da Universidade de Lisboa (UL, 2006), em decorrência de sua pesquisa de Doutorado. Coordena o grupo de pesquisa do DGP do CNPq intitulado NEPEL - Núcleo de Estudos sobre Prosódia e Ensino de Língua -, cujas linhas de pesquisa, uma sobre Ensino de Língua e a outra sobre Estudos de Prosódia, abarcam os projetos do grupo. Atualmente, a pesquisadora desenvolve o projeto em início intitulado "Ensino de ortografia: Categorização dos erros e encaminhamentos pedagógicos" (2023-2026) e se prepara, por meio de encontros semanais com os demais integrantes do NEPEL para iniciar em 2024 o projeto intitulado "Análise prosódica da fala de autistas: contribuições para a descrição de padrões linguísticos no Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)". Participa do comitê de pesquisa de Letras, Linguística e Artes (PIBIC) e do comitê de ética em pesquisa da área de Ciências Humanas da UFRRJ. Faz parte dos Colegiados dos cursos de Letras, de Educação Física e do Departamento de Letras e Comunicação da UFRRJ. É cantora, escritora e editora, ministrando cursos e palestras sobre os temas de seu interesse.

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Publicado

22-02-2024