Metáforas primárias: interpretação por crianças com Transtorno do Espectro Autista
Palavras-chave:
Metáforas primárias, Interpretação de metáforas, Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), Autismo, Protocolo verbalResumo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta a interação social e a linguagem em diferentes níveis. Ainda que haja expressivo avanço dos estudos voltados ao TEA, pesquisas linguísticas ainda são menos evidentes, daí a relevância do presente artigo. Desde o início dos estudos sobre o TEA, algumas pesquisas indicam que a linguagem desses sujeitos tende a ser literal, dificultando a interpretação de metáforas. Considerando-se, contudo, os avanços nos estudos sobre metáforas, bem como os diferentes tipos de metáforas, e partindo da experiência pessoal dos autores com sujeitos com TEA que interpretam metáforas em algum nível, surgiu a demanda da pesquisa que resulta neste artigo. Assim, objetiva-se investigar se sujeitos com TEA apresentam comprometimento da interpretação de metáforas primárias, associadas a experiências sensoriais humanas e consideradas anteriores à linguagem, segundo Grady (1997). Propõe-se um experimento com sujeitos com TEA e sujeitos neurotípicos, com base em apontamento de figuras e protocolo verbal. Numa primeira aplicação do experimento, os dados não apontaram diferenças entre os dois grupos de sujeitos investigados.