Parque Industrial, o romance proletário de Pagu

Autores

  • Euridice Figueiredo Autor

Palavras-chave:

Pagu; Parque Industrial; São Paulo; Feminismo interseccional.

Resumo

Este artigo pretende mostrar que Parque industrial não é uma narrativa linear, tem cenas que compõem um mosaico da vida operária, da opressão de classe, das lutas sindicais, da visão marxista da mais valia, das agressões sexuais e das dificuldades que afetam, sobretudo, as mulheres. Apesar de se inserir no realismo social dos anos 1930, tem um ponto de vista feminista e, em termos formais, era modernista, fragmentário, em diálogo com a estética cubista e com o futurismo. Como Pagu abordava questões que afetavam, em especial, as mulheres operárias, como prostituição, sexualidade, promiscuidade, não obteve a aprovação do Partido.

Biografia do Autor

  • Euridice Figueiredo

    Euridice Figueiredo possui Graduação em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1968), Maîtrise ès Lettres pela Université de Nice (França, 1972), Mestrado em Língua e Literatura Francesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979), Doutorado em Letras Neolatinas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Pós-doutorado Sênior pela UFMG (2009). Atualmente é professora associada aposentada da Universidade Federal Fluminense atuando no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literaturas de língua francesa, Literatura brasileira e Literatura Comparada, atuando principalmente nos seguintes temas: a ditadura brasileira, crítica feminista, representações da alteridade, as escritas de si na literatura contemporânea . Foi coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFF (1994 a 1999) e coordenadora da Pós-Graduação junto à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFF (2000-2002). Foi professora visitante na Université du Québec à Montréal (Canadá), Università degli Studi di Napoli l'Orientale (Itália) e Université de Rennes (França). Criou e coordenou o GT "Relações literárias interamericanas" (2000-2004). Publicou os livros: A nebulosa do (auto)biográfico: vidas vividas, vidas escritas (Zouk, 2022), Por uma crítica feminista: leituras transversais de escritoras brasileiras (Zouk, 2020), A literatura como arquivo da ditadura brasileira (7letras, 2017), Mulheres ao espelho: autobiografia, ficção, autoficção (EdUERJ, 2013), Representações de etnicidade: perspectivas interamericanas de literatura e cultura (7Letras, 2010), Construções de identidades pós-coloniais na literatura antilhana (EdUFF, 1998). Organizou os livros: Conceitos de literatura e cultura (EdUFF/Ed. UFJF, 2005/2012), A escrita feminina e a tradição literária (EdUFF, 1995). Foi editora ou co-editora responsável por números das revistas Criação & Crítica da USP, Miscelânea da UNESP-Assis, Gragoatá da UFF, Cadernos de Letras do Instituto de Letras da UFF, Letras do PPG de Letras da Universidade Federal de Santa Maria e Interfaces Brasil-Canadá Tem artigos em livros coletivos e em revistas nacionais e internacionais. E-mail: euridicefig@gmail.com.

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Publicado

2024-02-08