A importância do ensino bilíngue para surdos através do percurso educacional

Resumo

Muito se tem discutido sobre as metodologias e práticas de ensino de Língua Portuguesa para alunos surdos, principalmente a partir dos documentos legais (Lei 10.436/2002; Decreto 5.626/2005) que estabelecem práticas de ensino bilíngue, em que a LIBRAS é a primeira língua e a Língua Portuguesa, a segunda língua do sujeito surdo. No entanto, ao analisarmos a partir de um viés histórico o processo de educação de surdos, entendemos que muitas dessas práticas não sofreram as transformações que a lei garante. Com bases nos fundamentos teóricos (GOLDFELD, 1997, 2002; SKLIAR, 2011; LACERDA, 2004; QUADROS, 1997; PERLIN, 2004; 2007), este artigo tem o intuito analisar os percursos e as trajetórias da educação de alunos surdos além de levantar dados quantitativos e qualitativos sobre metodologias no ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para surdos, por meio de publicações na Biblioteca Digital de teses e dissertações, no intervalo de dezesseis anos (2002 a 2016). Trata-se de uma pesquisa qualitativa e quantitativa realizada pelo levantamento da produção acadêmica no banco de teses e dissertações da biblioteca digital brasileira. Os resultados revelam a 
escassez de produções acadêmicas e metodologias de ensino de Língua 
Portuguesa como L2 para surdos.