Fascismo e barbárie: as manifestações artísticas sob ataques no Brasil bolsonarista

Autores

  • Adriano Nunes Autor

Resumo

Partindo do pressuposto de que o fascismo é uma ideologia e de que não há como destruir uma ideia no mundo fenomênico, este artigo propõe-se a analisar alguns eventos fatuais brasileiros relacionados com a ascensão do bolsonarismo, expondo, através de discursos, atos e práticas de Jair Bolsonaro e de seus partidários que, enaltecendo um patriotismo exacerbado, uma política antiesquerda como tática de combate, uma agenda armamentista e fundamentalista, mobilizaram e mobilizam uma 
massa emotiva e acrítica que, ao ser instrumentalizada, apresenta-se como um séquito de uma religião política, explicitando um culto ao Chefe de Estado como ente divino, um culto ao homem violento e à violência e um culto à ignorância, manifestados, por exemplo, pelo desprezo às manifestações culturais e artísticas modernas e pelo repúdio violento aos artistas e intelectuais. Traços esses que, sob esta perspectiva analítico-crítica, podem ser compreendidos como manifestações do fascismo.

Biografia do Autor

  • Adriano Nunes

    Possui graduação em Medicina, pela Universidade Federal de Alagoas (2000) e em Direito, pela Universidade Federal de Alagoas (2018), mestrado em Sociologia pela Universidade Federal de Alagoas (2018). Funcionário público federal. Atualmente é pesquisador no grupo de pesquisa sobre violência, da Sociologia/UFAL, coordenado pelo prof. dr. Emerson do Nascimento. Tradutor com fluência em grego antigo, latim clássico, inglês, inglês elizabetano, francês, alemão, italiano, espanhol e russo.  Poeta, com 4 livros de poemas publicados. 

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Publicado

2024-01-27