Joia – o bio elepê pau-brasil de Caetano Veloso

Autores/as

  • Leonardo Davino de Oliveira Autor/a

Resumen

Este texto apresenta Joia, disco lançado por Caetano Veloso em 1975, como um “bio elepê pau-brasil”, seja pelo tratamento tropical e brasileiro das melodias, seja pelo excesso de citações verbais, vocais e melódicas, seja pela organicidade do disco. Ao potencializar as matrizes de nossos temas centrais, tais como os povos originários das Américas, a África e o Nordeste, em um mesmo eixo totêmico, o bio elepê Joia é manifesto fundamental no projeto estético do cancionista, posto que Caetano Veloso engendra um Brasil biopolítico possível, criando um contra-discurso que rechaça o apagamento sistemático das línguas/linguagens “menores”, subalternizadas e subestimadas. Temas, versos e dicções retornam criando a unidade orgânica que compõe um bio elepê pau-brasil e rizomático, em que as canções vão apresentando uma entidade brasileira temática e rítmica-melodicamente pulsante.

 

Biografía del autor/a

  • Leonardo Davino de Oliveira

    Leonardo Davino de Oliveira Doutor em Literatura Comparada e professor de Literatura Brasileira na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Desenvolve pesquisa sobre poesia e vocoperformance. É autor do blog Lendo canção. Entre outros, é autor dos livros Canção: a musa híbrida de Caetano Veloso (2012); e De Musas e Sereias: a presença dos seres que cantam a poesia (2021).

Publicado

2024-08-01