A primeira guerra mundial e as Histórias Estranhas de Jules de Grandin
Palabras clave:
Literatura de crime, Seabury Quinn, Detetive ocultista, Weird Tales, GuerraResumen
Weird Tales é uma revista pulp com enorme publicação na primeira década do século XX nos Estados Unidos da América lançando nomes internacionalmente conhecidos como H. P. Lovecraft, Robert Bloch, e August Derleth. Curiosamente, Seabury Quinn, um dos autores pulp mais famosos de então, caiu no esquecimento no mundo contemporâneo. Criador do detective francês ocultista e sobrenatural Jules de Gradin, Quinn era considerado um contista menor, logo, suas histórias foram marginalizadas pela crítica especializada por serem pouco criativas e muito mercadológicas. Este trabalho pretende desmistificar Quinn como alguém que, fortemente influenciado pela 1ª Guerra Mundial e suas trincheiras de horror, criou personagens monstruosos que entre os anos de 1925 e de 1933 assombraram a terra desolada estadunidense, reforçando a teoria do historiador W. Scott Poole que a Grande Guerra deu origem ao horror moderno. Os contos aqui analisados demonstram como as imagens da guerra moldam o contar de histórias na terra devastada, àquela que não ficou somente no imaginário de T. S. Elliot com seus corpos mutilados, mortos que voltavam à vida e o ruído incessante de desejos primais pela destruição se junta a “Era dos Extremos”, de Eric Hobsbawn que, na verdade, foi uma era de horror que parece hoje como uma encenação insistente e febril da Grande Guerra que deu origem ao nosso mundo.