A tradução como um dever da memória: Antígona Negra cruza o Atlântico

Autores

  • Maria Fernanda Gárbero Autor
  • Elizabeth Barranqueiros Loubach da Silva UFRRJ Tradutor
  • Ingrid Flores Leal Rocha UFRRJ Tradutor

Palavras-chave:

Antígona Negra, tragédia grega, tradução teatral

Resumo

Este artigo apresenta e discute o processo de tradução da peça Antígona Negra, da performer e antropóloga mexicana Gloria Godínez, realizado coletivamente no âmbito da disciplina Poéticas da Tradução, na Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. A escolha por traduzir a peça se deu a partir da experiência cênica da obra, assistida durante o I Encuentro Internacional Cuarterías, em Las Palmas de Gran Canaria, em janeiro de 2025. Nesta peça, vemos a proposta decolonial de Godínez na composição de uma Antígona negra, marcada pelos horrores da escravidão nos engenhos de açúcar que escrevem a história de colonização das Ilhas Canárias, bem como na recuperação da memória traumática da diáspora africana. Por meio de um traçado que desloca o tempo ao atualizá-lo, vemos em cena um tempo que, embora presente, precisa ser lembrado, assim como os nomes de suas irmãs e irmãos africanos, desaparecidos e mortos nessa travessia pelo Atlântico.

Biografia do Autor

  • Elizabeth Barranqueiros Loubach da Silva, UFRRJ

    Mestranda em Estudos de Linguagem e Literatura pela UFRRJ. Pesquisadora de tragédias
    gregas e tradução teatral. Atua como professora de línguas estrangeiras e literaturas.

  • Ingrid Flores Leal Rocha, UFRRJ

    Mestranda em Estudos de Linguagem e Literatura pela UFRRJ. Pesquisa tradução literária e
    línguas artificiais, com foco em obras literárias.

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Publicado

26-11-2025