As competências nas redações do Enem: ensino e avaliação em turmas do 3º ano do ensino médio na perspectiva da avaliação formativa

Autores

  • Talita Barroso da Silva Autor
  • Myriam Crestian Cunha Autor

Resumo

Este artigo tem por tema o ensino da produção escrita na preparação dos alunos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A avaliação da redação exigida nesse certame pauta-se em uma matriz de competências que também está sendo usada para direcionar o processo de ensino e de aprendizagem. O estudo – empreendido junto a uma turma de terceiro ano do Ensino Médio de uma escola pública de Belém – tem por objetivo investigar as práticas de ensino da escrita visando à preparação dos 
futuros examinandos. Pretende-se descrever e caracterizar essas práticas do ponto de vista formativo, evidenciando seu potencial regulatório para a aprendizagem. Com base em uma pesquisa bibliográfica e documental, são apresentados os fundamentos da produção escrita e de sua avaliação no Enem, relacionando-os com os da avaliação formativa, enquanto processo que favorece a aprendizagem e a autonomia do aprendente. Esse estudo permitiu evidenciar que a avaliação da produção escrita tem tido o propósito predominante de classificar os alunos em função da qualidade de seu desempenho, não havendo a busca por estratégias que desenvolvam as competências que os aprendentes ainda não atingiram. 

Biografia do Autor

  • Talita Barroso da Silva

    Licenciada em Letras - Língua Portuguesa, pela Universidade Federal do Pará, em 2018. Especialista no ensino de Língua Portuguesa e Literatura em sala de aula. Mestranda em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal do Pará. Fez parte do grupo de estudos linguísticos: "A construção da Sentença Matriz". Foi bolsista no projeto: "O desafio de ensinar a leitura e a escrita no contexto do Ensino Fundamental de 9 anos e da inserção do laptop na escola pública brasileira", no período de maio de 2014 a dezembro de 2014, Foi bolsista no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), no período de agosto de 2016 a agosto de 2017. Atualmente, integrante do grupo de pesquisa sobre a avaliação formativa no ensino/aprendizagem de línguas: "AVAL".

  • Myriam Crestian Cunha

    Cursou uma licenciatura em Português-Língua Estrangeira pela Universidade de Toulouse II (Le Mirail) - França (1980), revalidada em licenciatura de Francês-Língua Estrangeira pela Universidade Federal do Pará - UFPA (1984). Em 1985, também graduou-se em Serviço Social pela UFPA, onde também cursou o Mestrado em Letras (área de concentração: Estudos Linguísticos) (1992). Em 1998, finalizou um Doutorado em Ciências da Linguagem na Universidade de Toulouse II (Toulouse Le Mirail, recém-rebatizada Toulouse-Jean Jaurès) - França. Desde 2012 é professora Associado IV da Universidade Federal do Pará, atuando na Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas (Licenciatura de Francês) e no Programa de Pós-Graduação em Letras (linha "Ensino-aprendizagem de Línguas: modelos e ações") do Instituto de Letras e Comunicação. Coordena o grupo de pesquisa AVAL (Avaliação da/na aprendizagem de línguas). Coordenou até 2020 o Projeto de extensão "Português Língua Estrangeira para turmas PEC-G (PLE-PEC-G)" e ações de formação de professores-estagiários no âmbito do PLE. Sua experiência de pesquisa e ensino situa-se na área do Ensino/Aprendizagem de Línguas/Culturas (materna, segunda e estrangeiras), com atuação nos seguintes temas: didática das línguas/culturas, epistemologia do ensino/aprendizagem de línguas; avaliação da aprendizagem em línguas (em particular avaliação formativa, regulação e autorregulação da aprendizagem); abordagem interacional de ensino de línguas; formação de professores de línguas.

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Publicado

2024-02-26